sábado, 10 de março de 2012

A primavera do Dragão - Nelson Motta



Legal. História de um dos heróis brasileiros. Um baiano de muito talento - O livro, do também talentoso Nelson Motta, foi um presente do meu querido amigo paulista, morador e apaixonado pela Bahia Bruno Basseto..


Maria do Carmo Andrade
Bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco
pesquisaescolar@fundaj.gov.br


Glauber de Andrade Rocha, cineasta brasileiro, um dos líderes do cinema novo, do movimento vanguardista, foi o responsável por uma grande renovação do cinema brasileiro, na década de 1960. Um dos mais polêmicos criadores do cinema nacional, tanto pela originalidade de suas obras, como por suas declarações à imprensa.


Nasceu no dia 14 de março de 1939, em Vitória da Conquista, Bahia. Primeiro filho de Adamastor Bráulio da Silva Rocha e Lúcia Mendes de Andrade Rocha. O nome Glauber, dado pela mãe, foi inspirado no cientista alemão Johann Rudolf Glauber (1603-1668), que descobriu o sulfato de sódio ou sal de Glauber.

Foi batizado na Igreja Presbiteriana, teve três irmãs, Ana Marcelina de Andrade Rocha (1940-1952), Anecy (1942) e Ana Lúcia (1952), a mais nova, que seria sua confidente por toda vida. Aos sete anos de idade, já alfabetizado pela mãe, Glauber é matriculado num colégio católico em Vitória da Conquista, para cursar o primário, hoje ensino fundamental.

Em Salvador, Glauber passa a freqüentar o Colégio Presbiteriano Dois de Julho. Já aos nove anos, escreve em espanhol, a peça El Hijito de Oro, que é encenada no colégio pelo professor de francês Josué de Castro. O papel masculino principal é interpretado pelo próprio Glauber.

Foi em Salvador que Glauber iniciou seus trabalhos como crítico de cinema e documentarista. Começou sua carreira de diretor, com os curtas-metragens O pátio, 1959 e Uma cruz na praça, 1960. Tornou-se famoso a partir de 1962, quando realizou seu primeiro longa-metragem, Barravento, premiado no Festival de Karlovy Vary, na antiga Tchecoslováquia.

Em 1963, editou o livro Revisão crítica do cinema brasileiro, uma coletânea de artigos de sua autoria, publicados na imprensa de Salvador. Mas foi com Deus e o diabo na terra do sol, 1964, filme premiado na Itália e no México, que Glauber se consagrou como um dos mais importantes nomes do cinema novo. Um filme considerado a um só tempo, fantástico e político que reinventa a literatura de cordel.

Terra em transe, em 1967, foi considerado pela crítica, como sua obra-prima. Recebeu o Prêmio Internacional da crítica no Festival de Cannes. Com O dragão da maldade contra o santo guerreiro em 1969, recebeu o prêmio de melhor diretor.

Em 1970, dirigiu Der Leon hás sept cabezas, filmado no Zaire, atual República Democrática do Congo, e Cabezas cortadas, filmado na Espanha e, somente em 1979, liberado pela censura do Brasil, onde não obteve sucesso de público.

Realizou ainda os curtas-metragens: Maranhão e Amazonas, Amazonas, 1966; Câncer, 1972; Brasil 68 (1974, inacabado); História do Brasil, 1974; Claro, 1975 e entre 1971 e 1974 realizou Leiticia; Mossa no Marrocos; Super Paloma e Viagem com Juliet Berto.

Realizou também o documentário Di Cavalcanti, 1977, publicou o romance Riverão Suassuna, 1978 e dirigiu seu último longa metragem, A Idade da Terra, 1980, outro fracasso comercial.


Glauber Rocha morreu na cidade do Rio de Janeiro, em 22 de agosto de 1981

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